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Um fato está intrigando cientistas: uma startup dos EUA diz ter trazido o lobo pré-histórico extinto de volta à vida após eles sumirem da Terra há mais de 12 mil anos. Também chamados de lobo-terrível, os primeiros feitos alcançados mostram um futuro promissor à fauna de todo o mundo. Entenda a história agora mesmo. 306l6h
Jurassic Park da vida real: a desextinção de animais antigos 352d50

Parece que estamos vivendo um grande filme ambientado nos anos 3000. A ideia da Colossal Biosciences é trazer animais extintos de volta à vida por meio do processo de edição genética, que leva o nome de Crispr e funciona como uma espécie de tesoura genética. Na prática, os cientistas conseguiram realizar a edição do genoma do DNA usando a base encontrada em fósseis dos lobos que viveram em um período entre 11,5 mil e 72 mil anos, também chamados de Dire Wolf.
Em entrevista à Revista Time, os cientistas citaram que, por meio desta edição genética, foram coletadas células progenitoras endoteliais (EPCs) do sangue de um lobo-cinzento comum. Em seguida, eles editaram, com base no que foi encontrado nos fósseis, 20 genes-chave dessas células para corresponder ao DNA dos lobos gigantes, sem inserir material genético antigo.

Então, estes DNAs editados foram implantados em óvulos desnucleados, gerando embriões que foram gestados por cadelas mestiças saudáveis e de grande porte. Os primeiros dois filhotes nasceram no dia 01 de outubro de 2024 e atualmente possuem 6 meses de vida, com nomes de Romulus e Remus, em homenagem à história grega de dois irmãos criados por uma loba. Veja fotos deles abaixo:

O terceiro lobo-terrível recriado leva o nome de Khaleesi, em referência à Game Of Thrones. Ela nasceu no dia 31 de janeiro de 2025. Veja foto dela abaixo:

Via X, a empresa fez uma postagem ressaltando a importância do processo e também mostrando um vídeo. Veja a publicação e a tradução:
SOM LIGADO. Você está ouvindo o primeiro uivo de um lobo-terrível em mais de 10.000 anos. Conheça Rômulo e Remo, os primeiros animais extintos do mundo, nascidos em 1º de outubro de 2024.
O lobo-terrível está extinto há mais de 10.000 anos. Esses dois lobos foram trazidos de volta da extinção usando edições genéticas derivadas de um genoma completo de lobo terrível, meticulosamente reconstruído pela Colossal a partir de DNA antigo encontrado em fósseis que datam de 11.500 e 72.000 anos.
Este momento marca não apenas um marco para nós como empresa, mas também um salto à frente para a ciência, conservação e humanidade. Desde o início, nosso objetivo tem sido claro: “Revolucionar a história e ser a primeira empresa a usar a tecnologia CRISPR com sucesso na extinção de espécies perdidas anteriormente”. Ao conseguir isso, continuamos a impulsionar nossa missão mais ampla: aceitar o dever da humanidade de restaurar a Terra a um estado mais saudável.
Mas este não é apenas o nosso momento — é um momento para a ciência, para o nosso planeta e para a humanidade. Tudo o que amamos e somos apaixonados. Agora, feche os olhos e ouça esse uivo mais uma vez. Pense no que isso significa para todos nós.
Comprovação do processo 6j1g4t

Apesar de ter dado certo, a grande dúvida da comunidade científica é como o processo de “desextinção” do lobo-terrível foi feito. Isso porque, até o momento, um estudo detalhado sobre como o processo de “desextinção” foi feito não foi publicado em revistas como a Nature, detalhando e trazendo de testes feitos durante o estudo. Dessa forma, cientistas da área de genética não podem validar se a “desextinção” realmente aconteceu.
Atualmente, os filhotes vivem em uma área isolada com tamanho de 809 mil m², sem localização divulgada, mas ambientada com o habitat natural para poderem crescer com total saúde.
Jeremy Austin, diretor do Australian Centre for Ancient DNA, comentou que, na prática, a empresa Colossal apenas criou um lobo-cinzento geneticamente modificado para se parecer com a ideia que ele tem do lobo terrível. O site Science Alert também relembra a conhecida frase do astrônomo e divulgador científico Carl Sagan: “afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”. Apesar disso, o processo foi contado em um vídeo de 11 minutos postado no canal do YouTube da startup:
Como o lobo-terrível vivia? 2j6x60

O lobo-terrível (Aenocyon dirus) foi um grande predador da Era do Gelo. Ele habitava principalmente a América do Norte, adaptando-se a diversos ambientes como planícies, florestas e regiões costeiras.
Fósseis encontrados em locais como o Rancho La Brea (Califórnia) indicam que era um animal robusto, com mandíbulas poderosas e comportamento social semelhante ao dos lobos modernos, caçando em grupo grandes herbívoros da megafauna.
Sua estrutura física era mais pesada e musculosa do que a dos lobos-cinzentos atuais, o que o tornava eficiente para caçadas em ambientes abertos e para enfrentar presas de grande porte. Seus dentes e mandíbulas eram adaptados não apenas para matar, mas também para quebrar ossos, o que ampliava suas opções alimentares. Evidências fósseis sugerem que o lobo terrível era um caçador cooperativo, o que pode ter sido uma vantagem importante durante o Pleistoceno.

A extinção do lobo terrível ocorreu no início do Holoceno, provavelmente devido a mudanças climáticas rápidas, à extinção da megafauna que servia de alimento e ao aumento da presença humana. Esses fatores criaram um cenário de escassez de presas e maior competição por recursos. O surgimento de espécies mais adaptáveis, como os lobos-cinzentos e os primeiros cães domesticados, pode também ter contribuído para seu desaparecimento.
Próximas recriações 4p39w

Em março deste ano, a mesma empresa divulgou a criação de camundongos-lanosos geneticamente modificados com pelos semelhantes aos dos mamutes-lanosos, espécie extinta há quatro mil anos. A ideia aqui não é nem mostrar que os mamutes serão trazidos à vida de um dia para o outro, mas sim mostrar que, por meio de modificações genéticas, é possível se aproveitar das características de um animal que foi extinto há anos.
O camundongo criado em laboratório tem pelagem semelhante aos dos mamutes-lanosos que conseguiam conter a liberação de dióxido de carbono, gás do efeito estufa. Na pesquisa, os cientistas analisaram genomas extraídos de restos mortais de dezenas de mamutes, além de parentes vivos e extintos, para identificar alterações genéticas que modificaram proteínas ao longo da evolução desses animais. Veja:

Os primeiros experimentos resultaram na criação de 250 embriões, dos quais menos da metade atingiu estágios mais avançados de desenvolvimento, formando estruturas viáveis com cerca de 200 a 300 células. Esses embriões foram então implantados no útero de cerca de uma dúzia de fêmeas substitutas.

O processo resultou no nascimento de 38 filhotes de camundongo. Todos apresentaram, com sucesso, características típicas do mamute, como o pelo dourado e lanoso e um metabolismo lipídico acelerado — traços associados à adaptação ao frio extremo.
Com a justificativa de “ressuscitar” animais extintos para restaurar o equilíbrio ambiental do planeta Terra, a empresa vem arrecadando fundos para financiar suas pesquisas. A Colossal Biosciences possui o valor de mercado de US$ 10 bilhões, cerca de R$ 59 bilhões em conversão direta.
Para a Colossal, a desextinção não é apenas sobre fazer um organismo que é ou se assemelha a uma espécie extinta. É sobre fundir a biodiversidade do ado com as inovações do presente em um esforço para criar um futuro mais sustentável.
Colossal Biosciences sobre processo de desextinção.
O que você acha do processo de trazer animais extintos de volta à vida? Diga pra gente nos comentários!
Veja também
Com algumas informações: CNN l Colossal Biosciences (1 e 2) l Revista Time (1 e 2)
Revisado por Tiago Rodrigues em 08/04/2025