Executivos olhando para telas de computador com inteligência artificial

72% dos executivos no Brasil apostam em Inteligência Artificial para aumentar produtividade 36423u

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Pesquisa da Bain revelou que tecnologia virou prioridade de investimento para 2024 no Brasil e Estados Unidos

Conheça os maiores fatores de decisão no investimento na área no país e como se comparam com empresas americanas.

Aumento do interesse nas IAs n2k3q

Executivos apostam em Inteligência Artificial para aumentar produtividade. Foto: Pexels.

Falar em inteligência artificial para aumentar produtividade não é novidade. Contudo, segundo os dados apresentados pela Bain, 53% das empresas nos Estados Unidos colocam os investimentos em inteligência artificial como uma das maiores prioridades.

No Brasil, entretanto, vemos os investimentos em inteligência artificial como prioridade para apenas 19% das empresas. Com isso podemos observar que apesar da IA no Brasil ter sido bem aceita e influenciado positivamente a produtividade no dia a dia de funcionários, elevando lucros das empresas, ainda há insegurança na hora de pensar nessas ferramentas como investimento.

Dentre os entrevistados em ambos os mercados, o uso de inteligência artificial para aumentar produtividade é a principal expectativa. Em segundo lugar, 69% dos executivos brasileiros esperam que a ferramenta de IA melhore o atendimento ao cliente, já a segunda maior preocupação dos executivos americanos (67%) é com o aumento de receita das empresas.

Maiores desafios para empresas 106q2x

Segundo executivos, a falta de recursos e a falta de mão de obra capacitada são os maiores desafios na hora de implementação de IA no Brasil, enquanto para os americanos a maior preocupação é com a privacidade e segurança dos dados.

Outro grande desafio no mercado nacional é falta de noção técnica. Foi constatado que muitas empresas não entendem como funcionam os casos de uso dessas ferramentas ou não sabem como aliar esse novo recurso à estrutura tecnológica já em uso, além de terem levantado dúvidas quanto ao retorno financeiro do investimento.

A preocupação com a privacidade de dados também aparece, mesmo que em menor escala quando comparados com o mercado americano, onde isso é visto como a maior barreira. Esse é um medo embasado e, infelizmente, extremamente comum.

Segundo uma pesquisa realizado pela Cisco, 69% das empresas estão preocupadas que a IA generativa possa prejudicar os direitos legais e a propriedade intelectual da empresa e 94% afirmam que seus clientes não comprarão delas se os dados não estiverem devidamente protegidos. Considerando esses números, fica claro que a indústria precisa fazer mais do que softwares inovadores, é preciso trabalhar a transparência e sua imagem pública.

 “A pesquisa reflete que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar a maturidade que vemos em mercados como os Estados Unidos”

Lucas Brossi, sócio da Bain e head da prática de Advanced Analytics da consultoria na América do Sul.

Expectativas para o Brasil 1r2t5p

Expectativa de crescimento do mercado IA no Brasil. Foto: Pexels.

Segundo outra pesquisa realizada pela mesma empresa, 62,5% dos profissionais de dados fazem uso de AI no Brasil, sendo que um total de 67% desse número usam ferramentas de IA gratuitas e apenas 7% usam ferramentas pagas pela empresa.

“A IA generativa é uma alavanca para produtividade e lucratividade. As companhias precisam agora priorizar usos mais simples para dar os primeiros os na tecnologia e depois evoluir, aproveitando todos os benefícios dessa inovação”.

Reforça, Brossi.

Um percentual de 9% dos entrevistados fazem uso de uma ou mais aplicações de IA em suas empresas, já outros 58% estão no estágio de explorar a novidade, o que pode significar que uma boa porção acabe implementando IAs em algum momento.

Conclusão 6b1136

Como a indústria IA pode aumentar receita no Brasil. Foto: Pexels.

Levando em consideração que o maior medo que aflige executivos em relação ao uso de IA no Brasil é a falta de informação, seria importante que as empresas de IA aumentassem seus esforços para ensinar e disseminar mais conhecimentos sobre seus produtos tanto na mídia quanto em reuniões exploratórias especiais para líderes de empresas.

Outro ponto importante seria ofertar cursos profissionalizantes de suas ferramentas para funcionários de empresas que contratem seus serviços. Afinal, se esse é o maior desafio do IA no Brasil, por que não colocar o cliente em primeiro lugar e oferecer capacitação?

O investimento em conteúdo patrocinado em mídias, com um foco nas publicações mais consumidas por executivos no país, também pode ser um aliado. Assim como eventos onde seria possível conversar com líderes de grandes empresas e descobrir como melhor capacitá-los de uma maneira humanizada, parece imperativo nesse momento, principalmente para adicionar um rosto a causa, já que IA ainda é visto com desconfiança mesmo nos países que mais percebem o seu potencial.

A indústria de IA precisa mudar sua imagem de inatingível e distante para algo mais humanizado. Seu foco, principalmente em palestras deviam ser o aprendizado, ao invés da apresentações rasas do produto e seu sucesso ou expectativa dele – ou até mesmo falas inspiradoras sobre o que a ferramenta pode vir a se tornar, tão comum hoje em dia.

Em um novo artigo publicado pela Fast Company, Paulo Aguiar, sócio e COO da 3C.gg, disserta sobre isso:

Meu sentimento é que estamos em um looping de teorias e discursos pouco práticos sobre o tema.

Paulo Aguiar, sócio e COO da 3C.gg.

E você, o que acha do uso de IA generativa no ambiente profissional? Nos conte sua experiência abaixo!

Veja também

Fontes: Bain l Cisco l Fast Company

Revisado por Glauco Vital em 23/4/24.

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