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Império da Dor (Netflix) chega em 2º lugar no Top 10 Global da plataforma 5y6q6b

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A minissérie, baseada em acontecimentos reais, conta com relatos de famílias que tiveram vítimas do OxyContin, droga vendida nos anos 2000 nos EUA.

“A corrupção é real, a ganância é real e, muitas vezes, essas empresas se safam disso“, relata Pete Berg sobre a produção da série que dirige, Império da Dor (Painkiller). Na Netflix há duas semanas em 2º lugar no Top 10 Global, ela já acumula 7,2 milhões de visualizações na plataforma: a história de Império da Dor aborda o impacto do medicamento opioide OxyContin, vendido pela empresa Purdue Pharma, causando centenas de milhares de mortes nos EUA. Veja mais a seguir: 3j4652

A história contada em Império da Dor 3hs56

Império da Dor tem narrativa focada em relatos dos familiares e investigação do governo (Imagem: Keri Anderson/Netflix).

No início dos anos 2000, a empresa Purdue Pharma estava querendo aumentar as vendas com a sua droga recém-criada, a OxyContin. Para isso, convida Shannon Schaeffer (interpretado por West Duchvny) para “fazer a cabeça” dos médicos e conseguir que eles vissem a droga com bons olhos. Ele é um personagem fictício, usado para representar a influência da Purdue, que ou a lucrar mais com o opioide por meio de suas propagandas.

Ele se junta a Richard Sackler (Matthew Broderick) e conseguem fazer a droga ser consumida em larga escala. Para mostrar os efeitos dessa investida no opioide (substância indicada para o tratamento da dor, mas que também contém narcóticos, como heroína), a série conta com Glen Kryger (Taylor Kitsch): o personagem é uma das vítimas do OxyContin, ando a usar a droga depois de uma prescrição médica.

A Purdue Pharma conseguiu vender largamente o seu medicamento no início dos anos 2000 (Imagem: KERI ANDERSON/NETFLIX).

A investigação tem como personagem Edie Flowers (Uzo Aduba), que trabalha para entender como a família Sackler (dona da Purdue) teve tanto êxito em disseminar a droga. Após o uso, a série conta que as pessoas tendiam a se tornar facilmente adictas, ando a consumir cada vez mais o opioide, até morrer pelo vício.

Os opioides em Painkiller são mostrados com o seu potencial de destruição; nos EUA, há uma crise envolvendo os medicamentos (Imagem: Elise Amendola/AP).

Sendo um tanto similar a Dopesick (minissérie da plataforma de streaming Hulu), Império da Dor tem uma narrativa focada nos próprios familiares que sofreram com a substância, a partir do ponto de vista de quem se tornou viciado no medicamento.

Glen Kryger interpreta uma das vítimas do OxyContin na minissérie (Imagem: Keri Anderson/Netflix).

A série se atém a outras produções já feitas sobre o OxyContin, como o livro Pain Killer (2018), de Barry Meier, e no artigo The Family That Built the Empire of Pain (A família que construiu o império da dor, em tradução livre), publicado pela revista The New Yorker.

Aproveitando esse e, ela acompanha como vários órgãos do governo dos Estados Unidos deixaram a droga ser aprovada sem regulações mais rigorosas. O resultado disso foi o aumento da crise dos opioides: mais da metade das crianças que morreram por consumo de alguma substância em 2018, nos EUA, ingeriram esse tipo de droga, segundo o periódico especializado Pediatrics. Ainda, dados do Center for Disease Control (CDC) mostram que mais de 82 mil pessoas morreram por overdose de opioides só em 2022.

O que o diretor de Império da Dor contou sobre a produção da série? 6v1o55

A minissérie, dirigida por Pete Berg, mostra o Richard Sackler, membro da farmacêutica que popularizou o opioide (Imagem: Keri Anderson/Netflix).

80 famílias moradoras da cidade de Los Angeles chegaram a procurar Berg para falar sobre como o OxyContin influenciou suas vidas. Os parentes de vítimas de overdose, incialmente, foram convidados para contar as histórias que perturbaram a vida de seus familiares. “Pessoas que tem tudo, milhares e milhares de famílias destruídas pelo vício em opioides“, contou o produtor de Painkiller à revista Veja.

Berg também falou sobre a escolha dos atores para a série, que tem a presença de Matthew Broderick, que dá vida a um dos membros da Pursue, responsável por popularizar o OxyContin. Colocar Broderick — conhecido por interpretar Ferris Buller em Curtindo a Vida Adoidado (1986) — para atuar na série foi uma escolha inteligente, segundo o diretor da produção para a Netflix.

“[…] A ideia de que Ferris Buller poderia ser um dos maiores traficantes de drogas do mundo era muito interessante.

Pete Berg
Diretor de Império da Dor (Netflix)
Dois personagens presentes na série: à esq., procuradora dos EUA Edie Flowers; à dir., Richard Sackler (Imagem: Robert Maxwell/Variety; Tawni Bannister)

Em relação a Edie Flowers, procuradora da república dos Estados Unidos, Berg se limitou a dizer que tinha feito a escolha certa para a atriz que a interpreta, Uzo Aduba. Ela já atuou em Orange is the New Black como Suzane, cujo personagem era bem mais irreverente que o seu papel na nova minissérie.

Qual a opinião de Pete Berg sobre o impacto dos opioides? 1a2td

A nova minissérie da Netflix contou com relatos familiares e uma pesquisa robusta em produções anteriores sobre a Purdue Pharma (Imagem: Daniel McFaden/Reprodução).

O poder da Purdue Pharma, na visão de Berg, é o suficiente para fazer com que a empresa se livre das consequências.

Podemos mostrar isso e permitir que a audiência, se estiver interessada, veja como grandes empresas farmacêuticas podem operar se não forem controladas.

Pete Berg

Estima-se que, a cada ano, 100 mil pessoas morram em decorrência do uso de opioides. Por isso, Berg espera que que as pessoas tenham mais responsabilidade ao pensar sobre o uso de drogas. “As pessoas ganham muito dinheiro, graças ao que colocamos em nossos corpos“, opina em relação à ingestão de produtos farmacêuticos.

E aí, já conferiu Império da Dor? Conta pra gente nos comentários do Showmetech!

Veja também:

Fonte: Veja | IndieWire | Netflix | The New York Times | Vulture | CDC

Revisado por Glauco Vital em 27/8/23.

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