A Microsoft acaba de revelar seu relatório de desempenho fiscal para o segundo trimestre de 2020. Com fim no último dia 31 de dezembro, este trecho do ano fiscal da companhia foi marcado por US$ 36,9 bi em receita (cerca de R$ 156 bilhões) e um lucro líquido de US$ 11,6 bi (R$ 49,7 bilhões). Em comparação com o período no ano ado, a alta nos ganhos foi de 38,3%, impulsionada principalmente pelos serviços de nuvem da empresa, além de vendas da linha Surface e de licenças do pacote Office. 6d3h34
Tradicionalmente, os ganhos do segundo trimestre privilegiam alguns setores da empresa, como a linha Surface. No Q2 do ano ado, a linha de computadores e periféricos da Microsoft também percebeu alta, e agora as receitas da linha já se aproximam dos US$ 2 bi (R$ 8,47 bilhões). A recente expansão da linha, que ganhou os modelos Surface Laptop 3, Surface Pro 7 e Surface Pro X, no ano ado, certamente tem peso no aumento de 6% nas vendas em relação a 2019.

Num futuro próximo, a Microsoft ainda pretende lançar um par de fones de ouvido para a linha Surface e os dispositivos Surface Neo e Android. Somada a isso, a renovação de modelos como o Surface Book e Surface Go deve tornar o segmento de hardware da empresa ainda mais importante para os lucros.
Com o relatório, a empresa ainda revela ter retornado US$ 8,5 bi para os investidores, considerando dividendos e a recompra de ações. O CEO da companhia, Satya Nadella, ainda afirmou que a empresa está “inovando em todas as camadas de suas tecnologias diferenciadas e liderando áreas que são cruciais para o sucesso dos consumidores”. Na oportunidade, Nadella ainda disse que a empresa se preocupa em construir tecnologias inclusivas, seguras e sustentáveis.
Games em queda, Windows em alta 285x5p

Se as vendas vão de vento em popa nos PCs, o segmento de games da empresa, que envolve os jogos para Windows e Xbox, registrou quedas: no período citado, a receita com games caiu 21%, com apenas o Xbox responsável pela queda de 11%. Segundo a gigante de Redmond, as expectativas são de que os números continuem caindo, ao menos até o setor de games ganhar fôlego com a chegada da nova geração de consoles.
Enquanto a venda de games e consoles cai, o foco da empresa se volta para s. Em 2020, a Microsoft investirá ainda mais no Xbox Game , que permite ao usuário ar um vasto catálogo de games ao preço de uma só mensalidade. Além disso, tal qual fez a Google com o Stadia, a companhia se prepara para lançar, em breve, seu próprio serviço de jogos baseados na nuvem, o xCloud.
Apesar dos resultados não serem os melhores, a empresa enfrenta uma fase de transição no mercado de games e tem diversas propostas para o futuro. Tal fato, por si só, mostra que as vendas devem melhorar com a próxima geração de consoles e, caso os jogos por streaming ganhem espaço, a Microsoft já estará pronta.

Partindo para o fim do e para o Windows 7 diminuiu os gastos operacionais com um produto que já não gera ganhos. Além disso, os incentivos na transição do antigo sistema para o atual Windows 10 fizeram a empresa ver a maior alta no segmento desde 2011. Na prática, foram mais PCs vendidos e, consequentemente, mais licenças do sistema operacional sendo ativadas.
As receitas com o Windows cresceram 18%, enquanto o total de ganhos comerciais com o sistema subiram 25%. Esses ganhos englobam inclusive a receita obtida a partir de outros serviços inclusos no sistema. As s do programa Office 365, por sua vez, continuam sendo uma enorme fonte de renda, registrando incríveis 32,2 milhões de s e aumento de 19% em receita.
Office e nuvem ainda são os grandes trunfos da Microsoft 6l315s

Os números não mentem: além do aumento nas s do Office 365, e os ganhos atrelados a isso, são os serviços de nuvem da empresa que geram os ganhos mais promissores. Chamado pela Microsoft de “Nuvem inteligente“, o setor inclui o Azure, plataforma de cloud computing da Microsoft, e outros serviços baseados em nuvem. No segundo trimestre de 2020, o Azure cresceu 62% e os ganhos com toda a nuvem inteligente, 27%, atingindo US$ 11,9 bi (R$ 50 bilhões).
No geral, os três pilares que compõem as receitas da Microsoft registram os seguintes números:
- Office, LinkedIn e Dynamics (Produtividade e Negócios) – US$11,8 bi, com aumento de 17%
- Azure e serviços empresariais (Nuvem inteligente) – US$11,9 bi, com aumento de 27%
- Windows; Surface; Xbox e jogos; publicidade do Bing (Computação Pessoal e Mais) – US$13,2 bi, com aumento de 2%
Conforme esperado, as maiores expectativas de crescimento da Microsoft estão no Office e em outros serviços baseados na nuvem. Embora ainda seja a parte mais rentável da companhia, o setor de computação pessoal se baseia em produtos com baixo potencial de crescimento, como o Xbox e o Windows. Já a aquisição do LinkedIn, em 2016, serviu para variar ainda mais as operações da gigante e segue rendendo frutos, com um crescimento de 24% para o período relatado.
Fonte: The Verge