REVIEW: Clair Obscur: Expedition 33 já é um dos jogos mais surpreendentes de 2025 5j4g

Indo contra a tradição dos RPGs de turno e apresentando um dos melhores combates do gênero, Clair Obscur: Expedition 33 é um dos jogos mais surpreendentes de 2025, não apenas pelo seu excelente trabalho de ambientação e gameplay, mas também pela narrativa grandiosa que possui. Confira, então, nossa análise de Clair Obscur: Expedition 33, que é traz um pouco de ar fresco para o gênero e tem de tudo para brilhar nas premiações. 38d3q

História j1521

A primeira coisa que os jogadores devem saber antes de embarcarem em uma jornada por Clair Obscur: Expedition 33 é que o RPG não tem uma história feliz, e ele deixa isso claro desde o começo. Ambientado em um mundo onde cada aniversário aproxima as pessoas de sua morte, o RPG consegue construir um universo melancólico e belo para ser apreciado, repleto de personagens bem desenvolvidos e um trabalho incrível por parte dos desenvolvedores.

A sensação de que o tempo está sempre se esgotando permeia cada cena, cada diálogo e cada decisão, criando uma atmosfera constante de urgência e melancolia. A narrativa não se apressa em revelar seus segredos, mas entrega, desde cedo, o tom sombrio que seguirá até o fim.

Uma das primeiras coisas que os jogadores aprendem sobre esse universo é que, em Lumière, uma cidade isolada inspirada pela Belle Époque sa, as pessoas vivem sob a ameaça anual do Gommage, ritual em que os habitantes mais velhos simplesmente desaparecem após a Artífice revelar um número que é a cada ano menor.

Essa premissa por si só já cria um senso constante de urgência e serve como base para o envolvimento do jogador com o roteiro, enquanto acompanhamos a trágica jornada da 33ª expedição ao continente. O peso do Gommage vai além da mecânica narrativa: ele representa o medo da agem do tempo, da inevitabilidade do fim, e se manifesta nos olhares, nas despedidas silenciosas e nas marcas que cada ausência deixa.

E, seja enquanto acontece o Gommage com a despedida de alguns personagens com pouco tempo de tela, mas que foram interessantes o suficiente para nos interessarmos por eles, ou quando a expedição desembarca no continente e uma tragédia acontece, a história se revela ainda mais trágica. Essa virada serve como os primeiros choques emocionais da campanha e mostra como a experiência será sombria. Então, mesmo que o RPG tenha outros pontos fortes, é a narrativa que pesa para Clair Obscur: Expedition 33 ser algo memorável.

Assim, a história é dividida em atos bem trabalhados, cada um dando foco em um personagem específico, e o final de cada capítulo sempre possui alguns momentos memoráveis, com cenas intensas e revelações que mudam tudo o que os jogadores entendem daquele universo. Inclusive, acontecem algumas quebras de expectativa que mantêm a tensão elevada e evitam qualquer sensação de conforto narrativo para os personagens. A estrutura em atos também contribui para que o ritmo da campanha nunca se torne monótono, pois cada segmento apresenta novos cenários, dilemas e motivações.

Ao lado dessas reviravoltas, o roteiro também trabalha com outros temas. Os personagens que fazem parte da Expedition 33 são bem escritos, cada um com seu próprio desenvolvimento, o que faz os jogadores se apegarem a eles conforme a história avança. Mas muito disso também é por conta dos dubladores que fazem parte do elenco de Clair Obscur. Algumas vozes famosas entre os fãs, como Charlie Cox, que interpreta o Demolidor, e Jennifer English, que faz a Umbralma em Baldur’s Gate 3, entregam um trabalho exemplar. As atuações ajudam a dar ainda mais profundidade às emoções, tornando os conflitos e dilemas pessoais ainda mais marcantes.

Então, as emoções não vêm apenas de eventos chocantes, mas da conexão construída com os personagens e dos pequenos gestos de esperança em meio à desolação. A escrita é poética e sombria, e a cada novo trecho da campanha, o jogador é puxado mais fundo nesse universo melancólico.

Com ambientação inspirada na Belle Époque e um visual que remete a pinturas, Clair Obscur: Expedition 33 encanta esteticamente ao mesmo tempo que entristece com sua proposta. A trilha sonora reforça esse sentimento com composições delicadas e épicas, que acompanham cada momento de perda, conquista ou revelação.

Jogabilidade 5v4g4p

Clair Obscur: Expedition 33 é um RPG que chama atenção logo de cara pela forma como mistura combate por turnos com ação em tempo real. Essa combinação não é nova no mundo dos jogos, com títulos como os RPGs do Mario já usando mecânicas parecidas. No entanto, Expedition 33 consegue levar essa ideia a outro nível, tornando cada batalha mais dinâmica, exigindo atenção constante e bons reflexos dos jogadores. O sistema não se resume a turnos ivos; ele convida o jogador a agir, observar padrões e reagir com precisão a cada ataque inimigo.

Durante os combates, é possível esquivar, pular ou aparar ataques inimigos no momento certo, algo que dá uma sensação de controle e participação ativa nas lutas. Essas ações, se executadas com o tempo certo, evitam dano e podem abrir espaço para contra-ataques mais potentes, o que estimula o domínio das mecânicas ao longo da campanha.

Mesmo quem não costuma jogar RPG por turnos pode se surpreender com a experiência oferecida aqui, já que as batalhas nunca parecem paradas ou repetitivas. A dificuldade pode ser um pouco elevada no começo, mas é justa dentro das mecânicas que oferece, e a variedade de inimigos e habilidades mantém tudo interessante até o fim. Inimigos diferentes exigem táticas diferentes, e isso evita que a jogabilidade caia na monotonia.

Outro ponto positivo da jogabilidade está na personalização dos personagens. Cada membro da equipe possui árvores de habilidades próprias, e é possível montar combinações únicas de poderes e equipamentos. Com sistemas como os “Pictos” e “Luminas“, o jogador consegue adaptar sua estratégia de acordo com o desafio, o que deixa as escolhas mais importantes e o progresso mais recompensador. Essas decisões afetam não só o combate, mas também como os personagens interagem com certos obstáculos no cenário, criando um laço interessante entre narrativa, exploração e sistema de batalha.

A exploração também é um destaque. Os cenários são belos, criativos e escondem segredos que valem a pena descobrir. Algumas áreas desafiam até mesmo a lógica, como florestas flutuantes ou cidades suspensas, deixando o jogador sempre curioso para ver o que vem a seguir. O level design estimula a curiosidade, com caminhos alternativos, itens raros e inimigos únicos. Além disso, há uma fluidez nos ambientes que favorece a navegação orgânica, com estímulos visuais e sonoros que ajudam o jogador a se guiar mesmo sem mapas tradicionais.

Um detalhe importante da jogabilidade é a ausência de um mapa tradicional. Isso pode confundir alguns jogadores no começo, especialmente em áreas mais abertas ou com múltiplos caminhos. No entanto, essa escolha faz parte do design do jogo, já que a expedição está explorando regiões desconhecidas, nunca mapeadas por outras pessoas. Essa limitação reforça a sensação de aventura e incerteza ao avançar por territórios misteriosos. Com o tempo, o jogador a a memorizar trechos dos cenários e a confiar mais na observação e no reconhecimento de marcos visuais.

Então, ao lado da história, o combate de Clair Obscur: Expedition 33 é um dos destaques da gameplay, e ele oferece tanta personalização e variedade que até mesmo aqueles jogadores que acham a fórmula tradicional dos RPGs de turnos um pouco chata podem se interessar pelas mecânicas do jogo, muito por conta dos reflexos exigidos.

Performance e gráficos 1u5lf

Clair Obscur: Expedition 33 impressiona desde os primeiros momentos com seus cenários surrealistas e ambientes cheios de personalidade. A direção artística é um dos grandes destaques do jogo, misturando luz e sombra de forma única, criando paisagens que parecem pinturas vivas. A inspiração na Belle Époque sa traz uma estética elegante, com cenários coloridos, criativos e repletos de detalhes que tornam cada nova área visualmente marcante. Cada ambiente transmite sensações distintas, não apenas pela paleta de cores ou arquitetura, mas também pela atmosfera, reforçada por elementos sonoros e efeitos climáticos sutis.

A variedade de locais visitados ao longo da campanha mantém o visual sempre interessante. Castelos flutuantes, florestas místicas e cidades suspensas são alguns dos exemplos que reforçam o cuidado da equipe com a ambientação. Essas regiões não são apenas belas, mas também servem à narrativa, com arquitetura e design que refletem o tom e os temas de cada capítulo da história. O uso do Unreal Engine 5 permite que a riqueza dos cenários ganhe vida com efeitos de iluminação sofisticados e um nível de detalhamento que se destaca entre outros jogos do gênero. Reflexos, partículas e o uso de luz volumétrica contribuem para o impacto visual.

No PC, o desempenho é sólido em sistemas mais recentes. Em 1080p com configurações no máximo, a taxa de quadros se mantém estável com placas como a RTX 4070. Já para resoluções mais altas, como 1440p ou 4K, é necessário um hardware mais potente, mas o jogo oferece boas opções de configuração gráfica para ajustar a experiência sem comprometer a qualidade visual. Os menus são íveis e permitem ajustes finos, como controle de sombras, reflexos, pós-processamento e texturas.

Clair Obscur: Expedition 33 também traz e para tecnologias como DLSS, o que ajuda a manter o desempenho em níveis altos mesmo em cenas mais exigentes. A performance geral acompanha bem a beleza do jogo, fazendo com que a experiência visual não seja apenas impactante, mas também fluida. Em momentos com muitos efeitos na tela, como magias ou transições de ambiente, o jogo continua estável, o que contribui para uma imersão constante.

Requisitos de Hardware 686512

Requisitos	Mínimos (1080p / 30fps / Gráficos no baixo)	Recomendados
Sistema Operacional	Windows 10 (64-bit)	Windows 11 (64-bit)
Processador (U)	Intel Core i7-8700K ou AMD Ryzen 5 1600X	Intel Core i7-11700K ou AMD Ryzen 5 5600X
Memória RAM	8 GB	16 GB
Placa de Vídeo (GPU)	GTX 1070 ou Radeon RX Vega 56 ou Arc A580	RTX 3070 ou Radeon RX 6800 XT
DirectX	Versão 12	Versão 12
Armazenamento	55 GB	55 GB

Disponibilidade e preço 6j301m

Clair Obscur: Expedition 33 foi lançado em 24 de abril de 2025 e está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. O jogo pode ser adquirido por R$ 249,50 na PlayStation Store para PS5, R$ 184,95 na Microsoft Store para Xbox Series X|S e R$ 199,00 na Steam para PC. O título também está disponível para s do Xbox Game , permitindo que os jogadores de PC e Xbox experimentem o jogo sem custo adicional além da mensalidade do serviço.

Conclusão 6b1136

Mas afinal, Clair Obscur: Expedition 33 vale a pena? Em um cenário onde não é raro ver projetos com orçamentos altíssimos que acabam não atingindo as expectativas de seus próprios estúdios ou do público, resultando em alguns lançamentos flopados, alguns títulos surgem como uma boa contrapartida.

Jogos como Clair Obscur: Expedition 33 e Kingdom Come: Deliverance 2 são bons exemplos de como uma visão criativa bem executada é capaz de superar as limitações orçamentárias, fazendo com que mesmo com investimentos modestos, esses títulos ainda entreguem experiências profundas, bem construídas, divertidas e, acima de tudo, envolventes. Em vez de apostar em fórmulas seguras ou exagerar em promessas, esses jogos focam em entregar algo coeso, original e fiel à proposta inicial.

O sucesso desses jogos destaca uma verdade essencial dos videogames: não é preciso um orçamento gigantesco para que um jogo cumpra seu propósito principal, que é de ser divertido e memorável. Quando há dedicação, boas ideias e uma equipe comprometida, é possível criar obras que surpreendem tanto em qualidade quanto em impacto. Essa abordagem também demonstra que o público está aberto a experiências novas, desde que bem executadas. Então, Clair Obscur: Expedition 33 é outro exemplo claro de que ainda existe esperança na indústria, mas que é preciso de paixão e direção clara para alcançar esses objetivos.

E você, o que achou da nossa análise de Clair Obscur: Expedition 33? Vai jogar o game? Conta para gente nos comentários!

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Texto revisado por Alexandre Marques em 13/05/2025.