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A Motorola, agora sob posse da Lenovo, parece ter adotado novos caminhos. A aposta pelo Android puro quase que sem nenhuma modificação continua; já a proposta de preços agressivos e altamente competitivos não. Com a chegada da segunda geração do Moto E, já estava ficando claro que a fabricante iria mantê-lo como um modelo de entrada e elevar o patamar de suas outras linhas. Com o lançamento da terceira geração do Moto G o cenário se confirmou e o aparelho subiu de nível, pelo menos no preço. Será que nos outros aspectos, o celular acompanhou o crescimento? A resposta está nesse review: u3q68
Layout e Acabamento 2w366h
Junto com a elevação do preço veio a cara de um celular com melhor acabamento. Na parte da frente, algumas poucas melhorias: continuam os dois alto falantes, mas eles ficaram mais discretos, principalmente na versão preta do smartphone. O novo Moto G está maior: são 141.5 x 70.7 x 11 mm do segundo modelo, contra 142.1 x 72.4 x 11.6 mm do modelo atual, isso deixou as bordas mais aparentes e mexer com apenas uma mão já não é tão fácil.
As capinhas agora possuem uma textura na diagonal, que combinado com o novo acabamento na lateral, dão uma pegada legal ao celular. A principal alteração está justamente na parte traseira, a câmera, o flash e a marca Motorola ganharam um detalhe interessante, se destacando do restante da construção do aparelho. Apesar de ter crescido, ele continua firme e se encaixa bem nas mãos.
Esse acabamento na lateral fica mais visível dependendo de como você escolher seu aparelho no Moto Maker; na versão prateada, ficam muito claras as semelhanças com a segunda geração do Moto X.
A Motorola manteve a ótima sacada na textura do botão power, enquanto os botões de volume são lisos; dessa forma é fácil identificar qual é qual. Eles ficam na parte direita do aparelho, enquanto na parte de baixo está a entrada microSD e, na parte de cima, a entrada para o fone de ouvido ou a antena da TV. Do lado está o microfone secundário, que é o responsável por eliminar ruídos quando você estiver em uma ligação; ele funciona muito bem, inclusive.
Em chamadas que fiz em lugares muito movimentados e barulhentos, a pessoa que estava ouvindo disse que estava escutando apenas a minha voz, como se estivesse em um local silencioso.
Por baixo, a bateria ainda continua selada e as entradas para os cartões SIM e cartão de memória estão bem organizadas nas partes superiores. O aparelho ainda ganhou resistência à água e respingos, com certificação IPX7, que garante até uma hora e meia submerso em até 1 metro do profundidade.
Tela 4o3j3f
A Motorola decidiu manter o tamanho e a resolução da tela… e acabou pecando. Elevar o patamar do celular, mas não aprimorar um dos principais destaques do smartphone foi um erro.
Colocando o Moto G 3ª geração ao lado do LG Prime Plus, aparelho mais barato, com display do mesmo tamanho e mesma resolução, conseguimos perceber diferenças impactantes. O branco da tela do Moto G é mais amarelado, e é mais fácil de perceber os pixels. Curiosamente, ambos aparelhos utilizam a tecnologia IPS LCD. Em compensação, o restante das cores são muito mais vivas.
A gama de brilho é muito boa, tornando a tela escura em ambientes com nenhuma luz e permite visualizar o conteúdo mesmo de baixo do sol forte. O ângulo de visão também não deixa a desejar. A experiência com a tela é bem semelhante a que tive com o Moto G 2ª geração, mas para um aparelho que custa a partir de R$ 850,00, eu esperava um pouco mais.
Velocidade e desempenho 1o6y65
O novo Moto G conta com um processador quad-core Qualcomm Snapdragon 410 de 1.4 GHz, um chip mais recente e que se mostrou competente durante o uso. Duas versões do aparelho possuem apenas 1GB de memória RAM, há também uma versão com 2GB.
Testei a versão com TV Digital, que possui 1GB de RAM. O multitarefa não é um dos pontos altos, como era de se imaginar; ao alternar entre os aplicativos é normal precisar esperar de 1 a 2 segundos para que a tela em branco seja deixada de lado e o conteúdo do aplicativo apareça de fato.
Se esse é um aspecto importante no seu uso corrente, é uma boa ideia considerar a versão com 2GB de RAM, que certamente irá melhorar esse cenário.
Deixando o aspecto do multitarefa de lado, o aparelho faz um bom trabalho quando se trata de desempenho. As animações do Lollipop correm bem, graças ao conjunto da GPU Adreno 306 (que também evoluiu) e do processador Snapdragon 410 da Qualcomm, bem como a velocidade de navegação geral no celular. O aparelho também roda games com tranquilidade, sem engasgos.
Ao contrário da segunda geração, ele não possui alto falante estéreo. Também senti falta da adição do e ao NFC, que só aparece da linha Moto X em diante.
Sistema c6a6g
A Motorola continua adotando a filosofia do Android o mais puro possível. Não há bloatware no celular; os únicos aplicativos pré-instalados são muito úteis: o Migração Motorola para te ajudar na hora de transferir todos os dados do seu celular antigo e o aplicativo Moto, que reúne as principais características de software do smartphone.
A partir do “Moto” você pode configurar o Assist, que automatiza funções no aparelho de acordo com os cenários que ele é inserido. Por exemplo, você determina quais são as horas que você costuma dormir e acordar e então o aparelho se encarrega de deixar no silencioso, com a opção de notificações apenas para os contatos favoritos.
Nesse mesmo app você pode definir se quer que os gestos funcionem: existe a função de agitá-lo rapidamente duas vezes para ativar a lanterna e o já conhecido gesto de girar em torno do pulso para ativar a câmera. Por fim, é possível configurar também os detalhes do Moto Tela, que exibe as horas quando você tira o celular do bolso e mostra as notificações rapidamente.
Dual SIM + 4G/LTE: 8a2z
Todos os modelos do Moto G agora são dual SIM e possuem 4G. A Motorola consegue oferecer a melhor experiência para aparelhos com dois chips, identificando a operadora do número para o qual você está prestes a ligar e mandar mensagens, indicando qual é a melhor escolha de uso. Além disso, alternar entre a conexão móvel entre uma e outra operadora e redefinir as opções de operadora favorita é muito fácil. Em outros aparelhos, como no Zenfone 5, realizar essas tarefas é mais complicado do que deveria.
Fora esses truques, o Android é o mesmo que encontramos nos aparelhos da linha Nexus: o Google Now está facilmente ível, a barra de notificações pode ser expandida exibindo configurações rápidas, o útil Smart Lock, entre os outros recursos originais do robô.
Câmera 101k3t
O novo Moto G possui câmera de 13 megapixels com abertura f/2.0 e flash duplo de LED. A interface do aplicativo continua minimalista e como dissemos antes, a câmera pode ser ativada girando o pulso duas vezes. Há dois pequenos botões, um para alternar entre a câmera principal e a frontal e o outro para iniciar uma gravação. Arrastando o dedo da esquerda para a direita são exibidos as opções avançadas. Para tirar uma foto, basta apertar sobre qualquer lugar da tela.
Uma das opções interessantes é a de alterar o foco e a exposição manualmente, permitindo maior controle sobre a iluminação da foto. Há também um recurso para “melhorar a qualidade das fotos em ambientes escuros” e HDR automático.
As fotos tiradas em condições de iluminação ideais são boas e se apresentam muito bem na própria tela do celular. Já as fotos tiradas em ambientes com iluminação artificial costumam ficar com cores mais lavadas. A qualidade pode variar muito, dependendo das condições. Para um usuário que quer registrar momentos para postar no Instagram ou Facebook, a câmera cumpre bem o papel, mas não espere fotografias fantásticas.
A câmera frontal de 5 megapixels faz um bom trabalho para as selfies. A fabricante trouxe um recurso de flash frontal, que acende a tela do celular para dar uma força quando a iluminação estiver mais baixa. Não consegui perceber muitas diferenças quando a função estava ativada.
Por fim, o celular é capaz de gravar em 1080p ou 720p em câmera lenta, a qualidade do som capturado me surpreendeu, inclusive.
Duração da Bateria 5w1f51
A nova geração ganhou um upgrade na bateria. Agora ela tem 2470 mAh, contra os 2.070 mAh do modelo anterior. A autonomia continua sendo um dos pontos altos do aparelho, permitindo praticamente um dia de uso intenso longe da tomada.
Em um dos dias, utilizei o aparelho na maior parte do tempo em conexão 4G, naveguei por várias horas, tirei muitas fotos, troquei mensagens constantemente e reproduzi música no Spotify praticamente o tempo todo; alcancei 10 horas de uso, com 20% da bateria restante. Num dia comum, onde o Wi-Fi é mais constante, ele chegou ao fim do dia com 40% da carga restante.
Preço e disponibilidade t2kh
O Moto G 3ª geração foi apresentado e chegou ao mercado brasileiro na última semana de julho. Um dos destaques foi a chegada do Moto Maker, que permite personalizar vários aspectos do celular: você pode escolher as cores da parte frontal, da capinha traseira e do detalhe na parte da câmera.
- O modelo mais básico, com 8GB espaço interno e 1GB de RAM, custa R$ 849,00 em até 10x (ou R$ 806,55 à vista).
- A opção com 16 GB espaço interno e 1GB de RAM sai por R$ 889,00 em até 10x (ou R$ 844,55 à vista).
- A versão com 16 GB espaço interno, 1GB de RAM e TV Digital custa R$ 929,00 em até 10x (ou R$ 882,55 à vista).
- O modelo com 16 GB espaço interno e 2GB de RAM custa R$ 979,00 em até 10x (ou R$ 930,05 à vista).
O valor sobre, se você incluir mais capinhas e a personalização com gravação de texto.
Conclusão 6b1136
O Moto G 3ª geração assume um novo patamar devido ao seu preço, mas nem todas as características acompanharam essa evolução. A principal delas é a tela, que poderia ter ganhado mais atenção.
A adição de um modelo com 2GB de memória RAM também foi muito bem vinda, mas o ideal seria que essa fosse a opção já a partir do modelo básico. A câmera obteve melhorias interessantes, o processador recebeu upgrade, ele ficou com uma construção melhor acabada e as opções de personalização do Moto Maker são muito interessantes.
A autonomia de bateria é um dos pontos mais altos e o Android puro com alguns truques úteis completam a ótima experiência de uso com o aparelho.
O novo Moto G reúne características importantes para os diversos perfis de usuários: todos os modelos são dual SIM, possuem 4G, entrada para cartão microSD e há um modelo com e a TV digital.
É um dispositivo muito competente na sua proposta, que agora se posiciona de forma mais clara entre o Moto E e o Moto X.
O preço subiu mais do que o esperado e o custo benefício já não é mais o mesmo dos anos anteriores. Ainda assim, é um celular que vale o investimento pelas características abrangentes que atende muito bem o usuário que quer um celular com dois chips, conexão 4G e uma bateria que aguenta um dia inteiro.
Galeria de Imagens 25362s
Especificações Técnicas 153x1c
- Processador: Qualcomm MSM8916 Snapdragon 410 (Quad-core 1.4 GHz Cortex-A53);
- Memória RAM: 1 ou 2 GB;
- Tela: IPS LCD de 5 polegadas com resolução de 720 x 1280 (294 ppi) pixels e proteção Gorilla Glass 3;
- Câmera: 13 megapixels, autofoco, flash duplo de LED com tecnologia CCT;
- Câmera frontal: 5 megapixels;
- Bateria: 2470 mAh;
- Conectividade: 3G, 4G LTE, Wi-Fi 802.11 b/g/n, A-GPS, GLONASS, Bluetooth 4.0, Micro USB 2.0;
- GPU: Adreno 306;
- Memória externa: e para cartão microSD de até 32 GB;
- Memória interna: 8 ou 16 GB;
- Dimensões: 142.1 x 72.4 x 11.6 mm;
- Peso: 155 g;
- Plataforma: Android 5.1.1 Lollipop puro;
- Sensores: 2 acelerômetros, proximidade, sensor hub e sensor de luz ambiente.