Review: resident evil 4 remake melhora excelência do original. Resident evil 4 é um dos grandes jogos da nossa geração; será que o remake conseguiu alcançar tamanha perfeição do original? Descubra!

REVIEW: Resident Evil 4 Remake melhora excelência do original 5b306h

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Resident Evil 4 é um dos grandes jogos da nossa geração; será que o remake conseguiu alcançar tamanha perfeição do original? Descubra!

Toda a franquia Resident Evil é conhecida por jogadores do mundo todo, mas é inegável que, para o público brasileiro, o quarto título é o mais conhecido, muito pela popularidade do PlayStation 2 aqui no país. 1d242x

Como uma das pessoas que cresceu vendo o título sendo jogado e tem memórias afetivas tanto com a estética dele quanto do design de som (“Un Forastero!”), é inegável que recebi o anúncio de seu remake com certa preocupação – para mim, o jogo do começo do século ainda era perfeito.

A realidade, porém, é que após jogar o remake, vejo como ele poderia ser melhorado, e que o original, se eu sentir saudades, ainda está disponível. Sem mais delongas, desenvolvo essa opinião a seguir, no review do Showmetech de Resident Evil 4 Remake:

Melhorando um jogo excelente 5g295v

Imagem: Divulgação/Capcom

Logo de cara, é interessante notar como o jogo é familiar para quem jogou o Resident Evil 4 original, diferentemente dos remakes do segundo e terceiro games da franquia – muito pelo fato do quarto título ser meio que a base para toda a franquia moderna. Embora alguns detalhes fundamentais da introdução sejam, sim, modificados, assim como a progressão, que agora não é mais em pequenas sessões mas sim em capítulos grandes, a sensação é de estar experimentando uma versão atualizada do jogo de 2005.

Ao mesmo tempo em que a familiaridade existe, a ambientação conta com mudanças críticas, que mesmo fazendo o jogo ainda ser um título mais de ação se comparado aos exemplares anteriores da série, agora tem um revestimento de terror palpável. Enquanto no original o grito em espanhol dos Ganados muitas vezes geravam reações de risos, no remake, ao escutar a voz deles, uma sensação de tensão assume o jogador, principalmente pelos embates mais intensos.

A intensidade inédita no combate, num primeiro momento, parece não condizente com o ritmo atual do jogo – afinal, Leon agora pode se mover enquanto atira, além de também poder correr e contar com o famigerado parry de faca, iconicamente mostrado em um dos trailers do título contra uma motosserra. Mas os Ganados, para melhor acomodar essa nova estrutura do protagonista, ganharam mais inteligência, realizando ações antes impossíveis como cercando o personagem ou mesmo conseguindo seguir em rotas diferentes para impedir o progresso.

Imagem: Divulgação/Capcom

Tudo isso cria um excelente ritmo em que não basta somente atirar, mas também é necessário saber se mover pelo cenário e ter pelo menos a noção dos perigos que um golpe por trás pode trazer ao jogador. No começo, pode parecer um pouco estranho, principalmente pela memória muscular, mas a realidade é que pouco depois a situação se torna quase como uma dança entre o jogador e os Ganados, com cada o de um ditando o do outro numa sintonia impressionante e que torna a jogabilidade extremamente satisfatória.

Os ambientes, em sua maioria mais espaçosos e com mais lugares que no original, também cooperam para esse ritmo, e mesmo no susto que encontrar uma enxurrada de adversários pode gerar, é suficientemente intuitivo para permitir aos jogadores experimentarem esconderijos e pontos de vantagem. No fim, a orquestra de tiros torna-se algo colossal e empolgante, e que graças às excelentes mecânicas de tiros da RE Engine, já conhecidas do público graças ao remake de RE 2 e 3, transforma essa nova roupagem de Resident Evil 4 em um dos games de tiro em terceira pessoa mais satisfatórios que já pude jogar.

Ashley genial 31505q

Imagem: Divulgação/Capcom

Quanto à história, algumas pequenas mudanças são notadas, embora a progressão continue a mesma. Sem entrar em spoilers, porém, a principal alteração é como o foco de todo o jogo, o resgate de Ashley, e a missão de deixá-la a salvo, melhorou graças a mudanças no comportamento da filha do presidente dos EUA.

No Resident Evil 4 original, Ashley é considerada por muitos jogadores como um estorvo e talvez a parte mais negativa do jogo. Sinceramente, ela nunca me incomodou muito, principalmente por eu considerar que ela era uma menina de 20 anos potencialmente criada em situações privilegiadas que jamais teriam rendido ela a mínima condição mental de lidar com uma invasão de seres infectados por um bioparasita (aliás, convenhamos, nem quem cresceu em escola militar provavelmente estaria pronto prum negócio desses).

Mesmo com essa justificativa, algumas sequências podiam sim ser frustrantes pela completa falta de cooperação da personagem – mas é com muita alegria que afirmo que isso é ado agora, já que, no remake, Ashley é extremamente cooperativa dentro das limitações que uma personagem com sua contextualização tem.

Ashley tenta ficar fora da linha de tiro de Leon, procura ajudar o personagem a se recuperar de danos e não morre mais somente com um ataque – agora são necessários dois, e sempre é possível recuperar ela do primeiro rapidamente. Além disso, a instrução de trazer ela para mais perto do protagonista ou mandá-la ficar mais afastada, funciona para ajudar no momento em que granadas são necessárias, impedindo que ela seja ferida pela explosão.

Quando Ashley entra então no gameplay, o ritmo sensacional das pelejas descrito acima não se perde, e na verdade até ganha uma nova peça. Saber quando é melhor manter a menina perto ou longe de Leon vira um importante fator a ser considerado, mas que não afeta suficientemente os embates para dizer que eles mudaram ou pioraram – na verdade, até diria que eles são elevados por conta dessa pequena mecânica. 

Leon ajuda a deixar a atmosfera mais leve 4z872

Imagem: Divulgação/Capcom

Por fim, acho importante destacar que embora toda a atmosfera nova do jogo coopere para assustar um pouco mais os jogadores, e todo o título parecer bem mais sério, o protagonista Leon continua o mesmo galhofeiro do original. É impossível não rir com algumas das sacadas do herói, que mesmo em situações assustadoras e completamente fora de qualquer normalidade que um agente do governo estadunidense teria que enfrentar no dia a dia, tem como reação simples piadinhas ou comentários sarcásticos. 

Controlamos um homem traumatizado por eventos em Racoon City, e a forma que ele arranjou para reagir e lidar com os acontecimentos é se tornar ácido e extremamente sarcástico. Bom para a gente, que acabamos tendo junto do medo com possíveis sequências mais assustadoras, uma expectativa gritante sobre qual será o comentário do personagem nesses momentos.

Resident Evil 4 Remake é exemplar 6v3s11

Dos jogos que avaliei este ano, boa parte deles são ou remakes ou remasters (Dead Space e Metroid Prime: Remastered), e todos eles se destacam bastante como títulos já excelentes anteriormente, mas que elevam-se ainda mais.

Mesmo nesse contexto, Resident Evil 4 destaca-se. Suficientemente familiar para não alienar fãs puristas, mas com mudanças e melhorias aos montes que tornam ele uma experiência ainda mais excelente, o jogo com certeza junta-se ao panteão de remakes beirando a perfeição, tal qual Pokémon HeartGold/SoulSilver e os próprios Resident Evil 2 e 3.

Tanto para fãs do original quanto para quem nunca jogou o título, a recomendação é essencial. Temos ao nosso dispor um dos grandes jogos de videogames.

Veja também

REVIEW: Wo Long: Fallen Dynasty é uma curiosa aventura pela China

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (30/03/23)

Resident Evil 4 Remake é uma repaginada excelente para um dos jogos mais importantes da história dos videogames 5g4q6v

Resident Evil 4 Remake é uma repaginada excelente para um dos jogos mais importantes da história dos videogames
10 10 0 1
10/10
Total Score
  • Gráficos
    10/10 Excelente
  • História
    8/10 Ótimo
  • Jogabilidade
    10/10 Excelente
  • Trilha Sonora
    10/10 Excelente
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